Twitter / AnaFatimaEduc

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Goleiros do Glorioso

Goleiros do Atlético

Hoje é dia do Goleiro


EURICO CATÃO - PRIMEIRO ARQUEIRO DO GLORIOSO


Anos 30


35 a 54 – Kafunga

39 a 42 - Espanhol


Anos 40


46 a 51 - Armando Gione – Mãos de Onça


Anos 50


51 a 57 - Sinval

58 e 59 - Caetano Silva – Veludo


Anos 60


59 a 62 – Fábio

62 e 63 - Marcial

63 a 65 – Luiz Perez

67 – Gustavo Carias

68 a 73 - Mussula

66 a 70 – Hélio


Anos 70


68 a 76 – Careca

70 a 72 - Renato

72 a 74 - Mazurkiewicz

76 a 89 – João Leite

76 e 77 – Ortiz

77 a 80 – Sérgio

78 a 85 – Luiz Eduardo


Anos 80


80 e 81 – Celso Bottega

81 a 87 – Pereira

86 a 91 - Rômulo

87 a 90 - Maurício


Anos 90


90 e 91 – Carlos Gallo

91 a 95 - Humberto

92 - Fred

92 e 93 – Cláudio Santos

93 – Luiz Henrique

93 e 94 – Assis

94 – Léo Percovich

95 e 96 – Adílson

96 e 97 – Paulo César Borges

95 a 98 – Taffarel

95 a 99 - Hugo

98 – Hiran Sapgnol

98 e 99 – Émerson

98 a 01 - Kléber

99 – Fabrício

99 - Léo


Anos 2000


1999 a 2004 - Velloso

2000 a 2002 – Edmar

2001 e 2002 - Milagres

2002 a 2004 – Eduardo

2002 a 2004 - Bonan

2004 a 2006 – Bruno

2004 e 2005 – Danrlei

2005 a 2007 – Diego

2005 a 2009 – Edson Lisboa

2006 e 2007 – Laílson

2007 a 2009 - Juninho

2008 - Sérvulo

2008 e 2009 – Bruno de Fuso

2009 – Nícolas

2009 – Paulo Vítor

2009 – Renan Ribeiro

2009 - Aranha

2009 – Carini

2010 – Marcelo

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sentir? Sabe o que é?

    Leia de baixo pra cima, por favor...
    Prometo que farei melhor da próxima vez...
    1. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro E ideais precisam ser sentidos... Além d necessitarem uma grande porção de realismo." Pq nos/aos olhos dela vc é completo".
    2. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Perdi a fala, isto aconteceu ontem... Serviu para que eu refletisse que amamos ideais...
    3. Ana FátimaAnaFatimaEduc @sergio_leodoro Carne que precisa de significação... Eu sentia aquela pele me asfixiar, sem jamais ter tocado nela...
    4. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Vi-me refletida em luz em toda a extensão do corpo daquele homem... Mas ele era apenas um corpo...
    5. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Eu tentava me ver nos olhos dele, mas não o conhecia. Apenas encontrei alguém, visualizei aquele a quem procurava...

sábado, 3 de abril de 2010

Viajando

Imagem e palavra

Imagem: do latim imagine. Representação gráfica, plástica ou fotográfica de pessoa ou de objeto. Reprodução invertida de pessoa ou objeto. Representação dinâmica, cinematográfica ou televisionada de pessoa, animal, objeto, cena. Reprodução exata de um ser. Representação mental de um objeto. Aquilo que evoca uma determinada coisa. Manifestação sensível do abstrato ou do invisível.

O fotógrafo não retrata o inimaginável, porque só pode haver imagem do imaginável. Mas, como tudo pode ser imaginado, o fotógrafo pode retratar tudo o que quiser. Talvez a sinestesia o ajude com isto. Fotografa-se o cheiro pela cor que aparece na imagem e evoca a sensação de jasmim. Fotografa-se o silêncio porque este tem um não sei que de sofrimento e aparece no caminhar solitário ou carregado de um bêbado na madrugada. Fotografa-se a existência porque só o que existe pode ser fotografado, aliás, tudo o que é fotografado passa a existir. Fotografa-se o perdão, pois este está no olhar cândido e tranqüilo. Fotografa-se o sobre, porque este era um sobre cheio de paisagem ou de vazio mesmo. Fotografam-se a criatura e o criador, pois são.

As palavras sugerem imagens (Ricouer), porque todas as imagens se tornam palavras. Quando falamos sobre o abstrato, as imagens ficam em nossas mentes e nos fazem ter reações, inclusive físicas. Quem nunca se arrepiou ao ouvir a palavra ódio, ou a palavra amor? Quem nunca percebeu o rosto se enrubescer ao ouvir a palavra tesão? Quem nunca tremeu ao ouvir a palavra agressividade?

A subordinação semântica se dá entre a imagem da palavra e a palavra da imagem, uma e outra afloram o real sem deflorá-lo, colocam em jogo reminiscências de real, do fictício e do imaginário (Brito). Será que há ainda imagens sem palavras? Ou existem palavras sem imagens?

Questões caras à literatura, com o cinema parecem ganhar nova luz. Entre ficção e realidade, no cinema desfazem-se distâncias, segundo Rancière. Não concordo com tal afirmação, uma vez que, na literatura, é dado o direito do sonho, a liberdade da imaginação. No cinema, já está tudo lá, cores, modelos, estilos. Imaginar uma cena de um livro é altamente produtor de criatividade. Já assistir à mesma cena no cinema não tem o mesmo prazer.

O cinema encerra a cena. No livro, cada passagem pode se transformar em inúmeras cenas, de acordo com a subjetividade do leitor. As descrições são muito mais ricas na literatura que no cinema. O cinema resume as personagens.

E como fotografar o silêncio, como reproduzir o som com palavras impressas? Assim como o que está escrito existe, assim como o que foi filmado existe, também o que está na internet tem chances de ser eterno ou não. Se o fato estiver somente na internet e for apagado, deixará de existir em pouco tempo, talvez não dure um mês.

Jornais, cinema, literatura, teatro e televisão são pra toda a vida. Mas eu não posso confiar à internet o legado de ser transmissora de cultura para as próximas gerações, porque ela não é.

Ana Fátima de Rezende Gomes

Manuelzão

O Fotógrafo

Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre
as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando um bêbado.
Eu fotografei este carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na
Pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um zul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de
Braços com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a Nuvem de Calça e o poeta.
Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.

BARROS, Manuel. Ensaios Fotográficos. Record. Rio de Janeiro 2001