Twitter / AnaFatimaEduc

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nós somos nós

Nós somos nós e nós somos nós

Quantas vezes meu leitor já ouviu expressões como: casamento não é fácil, viver a dois é muito difícil, é melhor ficar sozinho, antes só que mal acompanhado... Mas a pior e mais ridícula de todas, mais mentirosa e falsa, mais irritante e denotativa de raiva ainda é a 'sou mais eu'. Refletindo melhor, começo a entender porque a relação entre seres humanos é tão complicada quando o EU está envolvido e tão mais fáceis de resolver quando só ELES estão envolvidos. Sabe o que é isto? Problema de nomenclatura. Nós é o plural de nó. Nó, no Aurélio, tem muitos significados, um ou dois agradáveis para uma relação entre pessoas. 1. O nó é um entrelaçamento feito nas extremidades de cordas. Em um relacionamento também é assim: um está amarrado no outro e fica complicado desenroscar nós depois de bem unidos, para resolver situações que um só resolveria facilmente, nós complicam. 2. O nó é a parte mais dura da madeira. No relacionamento, nós são duros na hora de diálogos e transformam-nos em discussões. Se EU tenho a razão e você tem a outra razão, NÓS servem para rebater as razões dos dois. 3. Nó é a articulação das falanges dos dedos. Enfim, um significado proveitoso para que sejamos NÓS é não EU e VOCÊ ou EU e ELE. Articulemo-nos para que não haja nós no diálogo, para que o o sentimento seja articulável e não articulado. 4. Nó é união, vínculo. Nó matrimonial, quando nos tornamos NÓS perante Deus. Mais uma idéia interessante. 5. O nó é o problema. Viu como não adianta se animar muito? NÓS são muitos problemas. 6. Embaraço, empecilho, estorvo. Sem comentários. 7. Intriga. Eu me recuso... 11. Numa onda estacionária, ponto em que a amplitude é constantemente nula. Ou seja, quando se usa A GENTE, se ganha em energia. Quando usa-se NÓS, dá-se nós, prejudica-se a comunicação, amarra-se em problemas que, talvez, A GENTE pudesse resolver.

sábado, 30 de outubro de 2010

Brás Cubas, Quincas Berro D’água, Augusto Matraga, Sr. José / Assis, Amado, Rosa, Saramago

A literatura realista nasce na França, com Flaubert e Zola. Flaubert é o vanguardista na idéia de trazer a realidade nua e crua para os livros. Filtra, basicamente, os aspectos reais pela sensibilidade. O afastamento do sobrenatural e do subjetivo cede lugar à observação objetiva e à razão, sempre, aplicadas ao estudo da natureza, orientando toda busca de conhecimento.
Os temas não mais exaltam os valores sociais, como no romantismo, mas os criticam ferozmente. Outra grande característica do realismo, além da crítica social, é o tratamento de caráter psicológico que as personagens recebem. As personagens são descritas a partir de seus pensamentos, hábitos e contradições.
A obra Memórias Póstumas de Brás Cubas inaugura o realismo brasileiro, contando a história de um defunto, após sua morte, é um morto autor, nunca um autor morto. Ele pode contar a própria história sem o crivo sensacionalista e julgador da sociedade. Conta de sua vida decadente, com os aspectos psicológicos da vivência do narrador. Não das situações, nem das paisagens, o que importa é a descrição interior das personagens. Um morto pode falar mais do que um vivo, pois já não pertence à nossa sociedade, mas a outra esfera; aquela de quem já não pode ser julgado. Em “A morte e a morte de Quincas Berro D’água”, o morto é tido como alguém digno de respeito, aquele que deve poder servir de exemplo às crianças e às gerações vindouras. Talvez este seja o grande trunfo de Quincas Berro D’água e Brás Cubas.
Quincas Berro D’água nasce da morte de Joaquim Soares da Cunha, Matraga nasce da morte de Augusto Esteves e Sr. José nasce de um amor platônico. Os quatro livros são compostos de crises emocionais e fatos de iniciação reflexiva. A análise feita por Brás Cubas faz ser refletida uma imagem de sociedade e um cenário de sentimentos que transparecem na visão dele. Os cenários de Berro e Matraga se confundem e o do Sr. José simplesmente é espetacular. As imagens produzidas por Saramago são de uma clareza difícil de se entender em um livro escrito de forma tão direta. Talvez seja pelos diálogos escritos tais quais seriam no cinema ou no teatro.
A morte está sempre presente nos três livros: Brás Cubas é um morto que fala, Quincas é um morto do qual falam, Matraga é um sujeito às voltas com a vontade de ir pro céu assim que morrer e o Sr. José procura uma mulher que ele nem sabe se já morreu.
A imaginologia presente em Brás Cubas, Quincas, Matraga e Todos os Nomes é uma chance grande de que as realidades são muitas e iguais e convertem-se em uma só. Sim, todas as coisas têm nomes e todos os nomes são alguma coisa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Atleticanos

Atleticanos somos todos sem vergonha... O time perde de 5 X 1, está em perigo de ser rebaixado, mas estamos de ânimo renovado porque vamos ter treinador novo... Meus sais minerais, AGORA... Torcida maravilhosa... Não é qualquer time que pode se dar a um luxo desses... O negócio é afastar o Fábio Costa um cadiquinho do elenco, pra ver se a desagregação para de acontecer... Bola pra frente, que quase não tem gente atrás da gente...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recordar é reviver...

Recordar, dar corda novamente, reviver... Senti muita emoção por ter me deparado com o tema de um trabalho de alunos do Colégio Pio XII, onde faço estágio curricular para graduação em Letras. Comparações entre webjornalismo e jornalismo impresso, justamente o tema da minha monografia de graduação em jornalismo. Quantas boas lembranças, quantas saudades, encheram-me os olhos de água e eriçaram-me a pele dos braços. Mais emoção ainda quando encontraram o meu trabalho na biblioteca da faculdade... Que delícia... Senti-me um pouco mais eterna...

sábado, 18 de setembro de 2010

Saudades

Você aí, já teve saudades do que nunca viveu? Das coisas que nem existiam antigamente? Das pessoas que você nem sabe se vão existir algum dia? Será que eu tenho tanta criatividade assim que imagino pessoas e consigo materializá-las? Senti-las? Querê-las? Amá-las? Amo meus pensamentos? Mas, será que não existem já tantas pessoas no mundo que mereçam meu amor? Sim, existem... Mas eu tenho amor demais... Tenho que arrumar, inventar... Preciso de mais gente que receba meu amor, mais situações que me façam existir mais... Preciso de espaço e tempo além de 24 horas míseras vivendo em apenas uma cidade... Saudades demais, amor demais, invenção demais, gente demais, espaço demais, tempo demais... Eu de menos...

domingo, 9 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Não podemos elogiar nada... Eu estava achando lindo ver o futebol bonito e a humildade dos meninos da vila...Mas, eis que um dos mais experientes, que deveria dar o exemplo, faz uma coisa daquelas... Eu nem estava achando ruim o Santos ganhar do Atlético... Mas, depois daquilo eu fiquei indignadaaaaa... Bica Galoooooo... Aquilo foi uma falta de respeito, foi abuso de quem quer forçar uma situação de continuar na ingenuidade... Foi provocação demais...