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sábado, 30 de outubro de 2010

Brás Cubas, Quincas Berro D’água, Augusto Matraga, Sr. José / Assis, Amado, Rosa, Saramago

A literatura realista nasce na França, com Flaubert e Zola. Flaubert é o vanguardista na idéia de trazer a realidade nua e crua para os livros. Filtra, basicamente, os aspectos reais pela sensibilidade. O afastamento do sobrenatural e do subjetivo cede lugar à observação objetiva e à razão, sempre, aplicadas ao estudo da natureza, orientando toda busca de conhecimento.
Os temas não mais exaltam os valores sociais, como no romantismo, mas os criticam ferozmente. Outra grande característica do realismo, além da crítica social, é o tratamento de caráter psicológico que as personagens recebem. As personagens são descritas a partir de seus pensamentos, hábitos e contradições.
A obra Memórias Póstumas de Brás Cubas inaugura o realismo brasileiro, contando a história de um defunto, após sua morte, é um morto autor, nunca um autor morto. Ele pode contar a própria história sem o crivo sensacionalista e julgador da sociedade. Conta de sua vida decadente, com os aspectos psicológicos da vivência do narrador. Não das situações, nem das paisagens, o que importa é a descrição interior das personagens. Um morto pode falar mais do que um vivo, pois já não pertence à nossa sociedade, mas a outra esfera; aquela de quem já não pode ser julgado. Em “A morte e a morte de Quincas Berro D’água”, o morto é tido como alguém digno de respeito, aquele que deve poder servir de exemplo às crianças e às gerações vindouras. Talvez este seja o grande trunfo de Quincas Berro D’água e Brás Cubas.
Quincas Berro D’água nasce da morte de Joaquim Soares da Cunha, Matraga nasce da morte de Augusto Esteves e Sr. José nasce de um amor platônico. Os quatro livros são compostos de crises emocionais e fatos de iniciação reflexiva. A análise feita por Brás Cubas faz ser refletida uma imagem de sociedade e um cenário de sentimentos que transparecem na visão dele. Os cenários de Berro e Matraga se confundem e o do Sr. José simplesmente é espetacular. As imagens produzidas por Saramago são de uma clareza difícil de se entender em um livro escrito de forma tão direta. Talvez seja pelos diálogos escritos tais quais seriam no cinema ou no teatro.
A morte está sempre presente nos três livros: Brás Cubas é um morto que fala, Quincas é um morto do qual falam, Matraga é um sujeito às voltas com a vontade de ir pro céu assim que morrer e o Sr. José procura uma mulher que ele nem sabe se já morreu.
A imaginologia presente em Brás Cubas, Quincas, Matraga e Todos os Nomes é uma chance grande de que as realidades são muitas e iguais e convertem-se em uma só. Sim, todas as coisas têm nomes e todos os nomes são alguma coisa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Atleticanos

Atleticanos somos todos sem vergonha... O time perde de 5 X 1, está em perigo de ser rebaixado, mas estamos de ânimo renovado porque vamos ter treinador novo... Meus sais minerais, AGORA... Torcida maravilhosa... Não é qualquer time que pode se dar a um luxo desses... O negócio é afastar o Fábio Costa um cadiquinho do elenco, pra ver se a desagregação para de acontecer... Bola pra frente, que quase não tem gente atrás da gente...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recordar é reviver...

Recordar, dar corda novamente, reviver... Senti muita emoção por ter me deparado com o tema de um trabalho de alunos do Colégio Pio XII, onde faço estágio curricular para graduação em Letras. Comparações entre webjornalismo e jornalismo impresso, justamente o tema da minha monografia de graduação em jornalismo. Quantas boas lembranças, quantas saudades, encheram-me os olhos de água e eriçaram-me a pele dos braços. Mais emoção ainda quando encontraram o meu trabalho na biblioteca da faculdade... Que delícia... Senti-me um pouco mais eterna...

sábado, 18 de setembro de 2010

Saudades

Você aí, já teve saudades do que nunca viveu? Das coisas que nem existiam antigamente? Das pessoas que você nem sabe se vão existir algum dia? Será que eu tenho tanta criatividade assim que imagino pessoas e consigo materializá-las? Senti-las? Querê-las? Amá-las? Amo meus pensamentos? Mas, será que não existem já tantas pessoas no mundo que mereçam meu amor? Sim, existem... Mas eu tenho amor demais... Tenho que arrumar, inventar... Preciso de mais gente que receba meu amor, mais situações que me façam existir mais... Preciso de espaço e tempo além de 24 horas míseras vivendo em apenas uma cidade... Saudades demais, amor demais, invenção demais, gente demais, espaço demais, tempo demais... Eu de menos...

domingo, 9 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Não podemos elogiar nada... Eu estava achando lindo ver o futebol bonito e a humildade dos meninos da vila...Mas, eis que um dos mais experientes, que deveria dar o exemplo, faz uma coisa daquelas... Eu nem estava achando ruim o Santos ganhar do Atlético... Mas, depois daquilo eu fiquei indignadaaaaa... Bica Galoooooo... Aquilo foi uma falta de respeito, foi abuso de quem quer forçar uma situação de continuar na ingenuidade... Foi provocação demais...


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Goleiros do Glorioso

Goleiros do Atlético

Hoje é dia do Goleiro


EURICO CATÃO - PRIMEIRO ARQUEIRO DO GLORIOSO


Anos 30


35 a 54 – Kafunga

39 a 42 - Espanhol


Anos 40


46 a 51 - Armando Gione – Mãos de Onça


Anos 50


51 a 57 - Sinval

58 e 59 - Caetano Silva – Veludo


Anos 60


59 a 62 – Fábio

62 e 63 - Marcial

63 a 65 – Luiz Perez

67 – Gustavo Carias

68 a 73 - Mussula

66 a 70 – Hélio


Anos 70


68 a 76 – Careca

70 a 72 - Renato

72 a 74 - Mazurkiewicz

76 a 89 – João Leite

76 e 77 – Ortiz

77 a 80 – Sérgio

78 a 85 – Luiz Eduardo


Anos 80


80 e 81 – Celso Bottega

81 a 87 – Pereira

86 a 91 - Rômulo

87 a 90 - Maurício


Anos 90


90 e 91 – Carlos Gallo

91 a 95 - Humberto

92 - Fred

92 e 93 – Cláudio Santos

93 – Luiz Henrique

93 e 94 – Assis

94 – Léo Percovich

95 e 96 – Adílson

96 e 97 – Paulo César Borges

95 a 98 – Taffarel

95 a 99 - Hugo

98 – Hiran Sapgnol

98 e 99 – Émerson

98 a 01 - Kléber

99 – Fabrício

99 - Léo


Anos 2000


1999 a 2004 - Velloso

2000 a 2002 – Edmar

2001 e 2002 - Milagres

2002 a 2004 – Eduardo

2002 a 2004 - Bonan

2004 a 2006 – Bruno

2004 e 2005 – Danrlei

2005 a 2007 – Diego

2005 a 2009 – Edson Lisboa

2006 e 2007 – Laílson

2007 a 2009 - Juninho

2008 - Sérvulo

2008 e 2009 – Bruno de Fuso

2009 – Nícolas

2009 – Paulo Vítor

2009 – Renan Ribeiro

2009 - Aranha

2009 – Carini

2010 – Marcelo

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sentir? Sabe o que é?

    Leia de baixo pra cima, por favor...
    Prometo que farei melhor da próxima vez...
    1. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro E ideais precisam ser sentidos... Além d necessitarem uma grande porção de realismo." Pq nos/aos olhos dela vc é completo".
    2. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Perdi a fala, isto aconteceu ontem... Serviu para que eu refletisse que amamos ideais...
    3. Ana FátimaAnaFatimaEduc @sergio_leodoro Carne que precisa de significação... Eu sentia aquela pele me asfixiar, sem jamais ter tocado nela...
    4. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Vi-me refletida em luz em toda a extensão do corpo daquele homem... Mas ele era apenas um corpo...
    5. Ana FátimaAnaFatimaEduc
      @sergio_leodoro Eu tentava me ver nos olhos dele, mas não o conhecia. Apenas encontrei alguém, visualizei aquele a quem procurava...

sábado, 3 de abril de 2010

Viajando

Imagem e palavra

Imagem: do latim imagine. Representação gráfica, plástica ou fotográfica de pessoa ou de objeto. Reprodução invertida de pessoa ou objeto. Representação dinâmica, cinematográfica ou televisionada de pessoa, animal, objeto, cena. Reprodução exata de um ser. Representação mental de um objeto. Aquilo que evoca uma determinada coisa. Manifestação sensível do abstrato ou do invisível.

O fotógrafo não retrata o inimaginável, porque só pode haver imagem do imaginável. Mas, como tudo pode ser imaginado, o fotógrafo pode retratar tudo o que quiser. Talvez a sinestesia o ajude com isto. Fotografa-se o cheiro pela cor que aparece na imagem e evoca a sensação de jasmim. Fotografa-se o silêncio porque este tem um não sei que de sofrimento e aparece no caminhar solitário ou carregado de um bêbado na madrugada. Fotografa-se a existência porque só o que existe pode ser fotografado, aliás, tudo o que é fotografado passa a existir. Fotografa-se o perdão, pois este está no olhar cândido e tranqüilo. Fotografa-se o sobre, porque este era um sobre cheio de paisagem ou de vazio mesmo. Fotografam-se a criatura e o criador, pois são.

As palavras sugerem imagens (Ricouer), porque todas as imagens se tornam palavras. Quando falamos sobre o abstrato, as imagens ficam em nossas mentes e nos fazem ter reações, inclusive físicas. Quem nunca se arrepiou ao ouvir a palavra ódio, ou a palavra amor? Quem nunca percebeu o rosto se enrubescer ao ouvir a palavra tesão? Quem nunca tremeu ao ouvir a palavra agressividade?

A subordinação semântica se dá entre a imagem da palavra e a palavra da imagem, uma e outra afloram o real sem deflorá-lo, colocam em jogo reminiscências de real, do fictício e do imaginário (Brito). Será que há ainda imagens sem palavras? Ou existem palavras sem imagens?

Questões caras à literatura, com o cinema parecem ganhar nova luz. Entre ficção e realidade, no cinema desfazem-se distâncias, segundo Rancière. Não concordo com tal afirmação, uma vez que, na literatura, é dado o direito do sonho, a liberdade da imaginação. No cinema, já está tudo lá, cores, modelos, estilos. Imaginar uma cena de um livro é altamente produtor de criatividade. Já assistir à mesma cena no cinema não tem o mesmo prazer.

O cinema encerra a cena. No livro, cada passagem pode se transformar em inúmeras cenas, de acordo com a subjetividade do leitor. As descrições são muito mais ricas na literatura que no cinema. O cinema resume as personagens.

E como fotografar o silêncio, como reproduzir o som com palavras impressas? Assim como o que está escrito existe, assim como o que foi filmado existe, também o que está na internet tem chances de ser eterno ou não. Se o fato estiver somente na internet e for apagado, deixará de existir em pouco tempo, talvez não dure um mês.

Jornais, cinema, literatura, teatro e televisão são pra toda a vida. Mas eu não posso confiar à internet o legado de ser transmissora de cultura para as próximas gerações, porque ela não é.

Ana Fátima de Rezende Gomes

Manuelzão

O Fotógrafo

Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre
as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando um bêbado.
Eu fotografei este carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na
Pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um zul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de
Braços com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a Nuvem de Calça e o poeta.
Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.

BARROS, Manuel. Ensaios Fotográficos. Record. Rio de Janeiro 2001

sexta-feira, 19 de março de 2010

Mundo da fantasia

O primeiro livro, a gente nunca esquece? Sei lá se com todo mundo, mas comigo foi assim. A Família Ratatão foi o primeiro livro da minha vida de leitora. Foi o início de uma sequência de leituras constantes, de um vício incontrolável, de uma fome insaciável por letras, palavras, sensações, idéias.
Mas acho que o letramento independe de alfabetização. Já lemos muitos textos antes de sabermos decodificar as letras. Por isso, não acho que A Família Ratatão tenha sido meu primeiro indício de letramento, mas eu o li ao meu irmão, sentada em um banquinho de frente a ele, entre nós uma mesinha de concreto, no meio da praça Getúlio Vargas, em uma manhã nublada, no ano de 1985.
Li também Lúcia Já Vou Indo. Consigo ouvir a melodiosa letra daquele livro, parece escrita sobre uma estrutura ensaboada de ciranda de roda. Acho que já nasci gostando de ler. Nenhum professor teve problemas em me fazer querer ler alguma coisa. Meus pais sempre foram leitores assíduos.
Lembro-me de meu pai lendo pilhas e pilhas de livros espíritas. Mamãe, professora de história e língua portuguesa. Papai, advogado e escritor. Sempre deram tanta importância aos livros que as estantes lá de casa ficavam na sala de estar.
Na minha adolescência, li todos os volumes da Agatha Christie da Biblioteca Municipal. Lia crônicas em coletâneas e nos jornais. Sempre gostei de Roberto Drummond.
Gosto de sentir o que as personagens sentem, de perder o ar de tanta emoção. Amo textos ambientados em outros tempos, antigos, que me permitem sentir o cheiro de uma época, ouvir os sons de uma paisagem amarelada... Chego a sentir as barbatanas daqueles espartilhos apertando minha cintura.
Acho que, ao estudar Letras, minha paixão pela leitura, pelas entrelinhas, aumentou consideravelmente. Gosto também de livros-documentários. Sei lá, acho que gosto de tudo que é fantasioso e me permite fantasiar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Alfabetização e Letramento

A resenha abaixo foi produzida a partir de um texto elaborado por Cecília Maria Aldigueri Goulart, doutora em Letras pela PUC-RIO, para apresentação no programa Salto para o Futuro, na TV Escola 2003. (Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/salto)

A linguagem está onde o homem está. A linguagem não existe senão por causa da comunicação. O homem não pode viver sem se comunicar, para tanto, criou códigos e definiu parâmetros para nortear o desenvolvimento da linguagem, dos modos de se fazer entender, se expressar.

A narrativa é a forma mais antiga de se compor um acervo de conhecimentos. O homem conta o que fez, como fez, para que fez, por que fez, onde fez, com o que fez. A linguagem escrita é fundamental para que a posteridade compreenda o contexto no qual foi produzido o conhecimento.

A escrita é a materialização da idéia, para se realizar necessita de um suporte, que já foi parede de caverna, hoje é muro de escola; já foi faixa de protesto, hoje é fronha personalizada; já foi papel na máquina barulhenta de escrever, hoje é tela que carrega bites e reflete letras.

A escrita ficou tão importante que tomou o lugar da palavra. Se antes a palavra era dada como fechamento de um negócio, hoje o papel assinado não fica fora de contrato algum. Sendo assim, quem não sabe ler fica fora da sociedade. O preconceito lingüístico tem, aqui, sua principal explicação: se a escrita vale mais que a palavra, quem usa a palavra mais próxima desta escrita tem mais valor do que aquele que usa a forma mais distanciada dela.

Mas, saber escrever não significa conhecer vários assuntos e, sim, saber registrá-los corretamente de acordo com a situação. Isto é letramento. Usar os conhecimentos adquiridos na escola, intertextualizando-os e textualizando as situações da vida.

Enquanto a alfabetização é um processo sistemático realizado principalmente na escola, o letramento depende do meio em que o indivíduo vive, das condições sociais às quais está exposto, aos objetos aos quais tem acesso. Alfabetização sem letramento é desprezar a língua como bem cultural, é o mesmo que criar analfabetos funcionais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Navalha na carne

É horrível criar expectativa para qualquer coisa que seja, o grau de frustração aumenta na mesma proporção. Fiquei afoita de vontade de ler Navalha na Carne, de Plínio Marcos. Procurei, procurei, procurei... Já cansada de procurar, resolvi ler qualquer obra que achasse do autor, para ao menos conhecer. Encontrei apenas Inútil Canto Inútil Pranto pelos Anjos Caídos. Profundo e reflexivo, gostei muito. Animei novamente para ler o título sugerido pela professora de literatura. Um amigo enviou-me um link para que eu pudesse saciar minha vontade. O texto é tão fraco, mas tão fraco... Que raiva de ter perdido tempo lendo e que vergonha de ter procurado por duas semanas. Tive que ler duas obras de Nélson Rodrigues para conseguir dormir. Valeu por ter me proporcionado a leitura de A mulher sem pecado e Vestido de noiva.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cigarro X Celular

Muito engraçado. Quando eu era criança, assistia a muitas entrevistas sobre o hábito de fumar. Os fumantes sempre diziam que, ao andar pela rua sozinho, acendia um cigarro para não ficarem desolados. Hoje, ao correr pelo clube, pus-me a reparar quantas pessoas estavam ao celular. Pensei bem, se estão ao celular, não estão fumando. Botei reparo em quantos fumavam. Nenhuma pessoa fumante foi por mim avistada no clube durante umas três horas de observação. Eu nunca fumei, mas sou uma vivente que usou o celular na mesma idade em que o pai havia fumado pela primeira vez.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Perfil 2010

Sinto muito, sinto o tempo todo... Sou feita de sensações. Amor, raiva, calor e frio... Tudo isto me compõe o dia inteiro, intensamente. Se o dia tivesse 30 horas, eu as viveria intensamente e ainda me sentiria apertada dentro dele, usando cada segundo para me expandir. Eu me entrego completamente a tudo que me proponho, sou do tipo que veste a indumentária toda. Não dispenso um ritual. Ah, tem coisa melhor do que um ritual? Que delícia colocar uma roupa especial para determinada situação, guardar aquela bebida para comemorar a hora em que consegue ser atendido por aquele bendito SAC de uma empresa de banda larga? Rsrsrsrsrsrsrsrs, rir baixinho, no silêncio de uma sacada que só você teve? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, gargalhar sozinho, fazer um barulhão, provocar risadas em todos ao seu redor? Bom mesmo é ser feliz, ser feliz e mais nada... Encarar a vida com um tdb estampado na testa o tempo inteiro, ao invés de rugas de ranzinice... Sabe que andei refletindo sobre e até para a morte eu arrumei solução? A solução para a morte está na vida. Se vivermos bem, seremos eternos, a grande chave da imortalidade é sobreviver nos outros... Isto é a onipresença: viver tão bem a ponto de se esquecer de morrer... Deitar o corpo que usou como casa no caixão... Plantar o amor para e pelos outros e deixar-se colher para e pelos outros...